Um pintor com a idade do mundo



Vic Nasser II, um pintor com a idade do mundo.Sua pintura é intemporal e esotérica, na medida em que não se situa em tempo algum ( e ao mesmo tempo em todos ). Plena de mistérios, hermética e interiorizada; mesmo assim consegue transmitir uma mensagem clara. Se propõe a contar a história do homem através do tempo, dando uma nova dimensão ao “mito” da civilização moderna. Em síntese, procura mostrar o que existe de real, e não de fantasioso, neste mito. Para isso faz uma “viagem” através dos tempos, aproximando-se dos elementos fundamentais, como a gênese, a maternidade, a mulher, o homem, e busca um confronto com a época atual. Daí a intemporalidade de sua obra. O passado, o presente e o futuro se misturam na apresentação destes elementos que transcendem seu próprio significado para darem uma nova dimensão, talvez até filosófica, ao espectador. O artista pretende fazer, na verdade, uma filtragem histórica do homem, elevando-o, abolindo tabus. Os temas pintados com cores fortes e formas misteriosas, pretendem adquirir um sentido universal, cósmico, de galáxia.

Sua obra começa com trabalhos abstratos a primeira vista, porque na medida em que vão sendo melhor observados, adquirem formas ecológicas e biológicas. Passa, então, para o figurativo, onde o realismo assume características fantásticas.
Sheila Leirner
Jornalista e Crítico de Arte
Novembro de 1973

 


A iconografia heráldica e poética de Vic Nasser II

Raridade é encontrar um pintor que respeita as técnicas dos grandes mestres (Old Masters), como é o caso de Vic Nasser II. A tendência da arte hoje, pós- globalização, é a de que o novo é sempre o melhor. Lembramos que Arte em grego é Tekné. Ou seja, Arte é Técnica, embora atualmente os pintores não mais sigam este propósito.
Entre 436 e 338 a.C. viveu em Atenas o logógrifo (orador e retórico) Isócrates, rival de Platão, que dizia: não é fazer o mais novo, mas o melhor. Na frase de Isócrates, de mais de dois mil anos atrás, situa-se toda a obra de Vic Nasser II, que emprega a técnica para criar uma linguagem sintética, usando de símbolos que instauram uma heráldica no poema visual de suas telas figurativas.

Sabemos que qualquer linguagem possui dois elementos: o Sistema de signos, conceitos, relações entre os elementos, expressão. Uma pintura será mais rigorosa se seguir o Sistema de regras, que é a gramática visual da obra, como composição, perspectiva etc. Neste caso dizemos que o sistema é fechado. Ao contrário, se a Expressão preponderar, ruirá o Sistema, e a gramática não será usada, e o sistema tornar-se-á aberto. Por isso, a linguagem visual de uma pintura vive essa contradição dialética: se for expressiva, terá de romper as regras do sistema; se adotar as regras, será mais rigorosa como nas telas de Vic Nasser II.

Por isso a pintura de Vic Nasser II apesar de figurativa e tão rigorosa como a pintura construtiva, obedece ao sistema de regras por ele desenvolvido, ao longo de mais de quarenta anos. Há uma síntese poética em suas telas que criam uma heráldica do tema escolhido. Sua poesia, porém, é contida, como devem ser a poesia dos grandes mestres.



Alberto Frederico Beuttenmüller
AICA – UNESCO
Associação Internacional de Críticos de Arte
Agosto de 2007


 


A magia da Luz e da Técnica de Vic Nasser II


Os gregos chamavam Arte de Tekné; portanto, na Grécia antiga Arte era Técnica. Aristóteles dizia que Tekné era a manifestação do Belo e o Belo definia-se na Arte Ideal grega pela seção áurea. Arte não representava a realidade na Grécia, mas sim um Ideal de beleza de proporções harmônicas. Em busca do Ideal do Belo a Arte Grega transformava a natureza.

A maior parte da Arte atual suprimiu a técnica e abandonou a beleza. Por isso, a arte atual parece ao observador comum confusa e distante. E não mais é um fenômeno social, fato insólito, pois Arte é e sempre foi um fenômeno social. O artista atual prefere discutir conceitos, em vez de inserir-se nos problemas da sociedade da qual faz parte. Hoje são raros os pintores que mantêm a tradição de beleza, baseada na sensibilidade, com uma linguagem apoiada na técnica. Um desses pintores é Vic Nasser II, criador de uma pintura plena de luz e magia. Sua técnica tem dois veios principais: a linguagem dos cortes e a consciência das luzes, o que define em sua obra o ritmo bipolar.

A linguagem dos cortes dá-se quando o Vic Nasser II separa as figuras totalmente uma das outras, ou todos os elementos entre si. Em certas ocasiões a separação das figuras é parcial, quando o pintor usa a técnica do sfumato, e as figuras da tela têm suas sombras esbatidas, técnica esta muito usada por Leonardo da Vinci.

A consciência das luzes consiste em fazer com que a luz se projete de vários pontos distintos, como se houvesse vários sóis. A luz é projetada à esquerda e à direita da tela, simultaneamente e na diagonal. Tais pontos de luz criam no fruidor a ilusão de que uma figura se destaca da outra, dando-lhe a ilusão óptica sobre qual delas está em primeiro plano, se a da esquerda, se a da direita.

Vic Nasser II constrói uma obra plena de luz e magia, a partir de uma nova visão do Belo, ao cumprir plenamente a Tekné grega.

Alberto Beuttenmüller
IAAC - UNESCO
International Association of Art Critics

Enock Sacramento


Há trinta e cinco anos realizando exaustivas pesquisas sobre civilizações ancestrais, o artista plástico Vic Nasser II -pintor, desenhista, escultor, poeta, pesquisador e filósofo –, vem se sobressaindo entre os artistas plásticos do Brasil, e sua obra tem alcançado o reconhecimento dos críticos e das pessoas sensíveis às artes.

Sua pintura fascinante tem como tema o insólito, o paradoxal, o exótico, o carismático, em uma explosão de cores e texturas sob uma perspectiva tridimensional.


Enock Sacramento
Associação Paulista de Críticos de Arte
Associação Brasileira de Críticos de Arte
Associação Internacional de Críticos de Arte
Setembro de 2004

Dirce Lorimie Fernandes


Os seus traços decididos e longos evidenciam o resultado de uma exigência imposta pela amplitude dos seus conhecimentos artísticos que brotam de dentro para fora exigindo pinceladas vibrantes e corajosas, a partir de um repertório cromático igualmente forte.

... Vic criou obras explorando a monocromia, nas quais se sobressaem a “linguagem dos cortes” e a “consciência das luzes”, que propiciam ao receptor uma visão harmônica e equilibrada de seu impulso lúdico.

Vic Nasser II, com seu potencial artístico, aliado a uma vida dedicada aos estudos e, de modo enfático, à aquisição de conhecimentos bíblicos e históricos, impregna a sua criação de uma profunda carga semântica.

No movimento de antíteses cromáticas, no jogo de fundo e forma, ora prevalece uma claridade triunfal; ora um abismo escuro completa o ritmo bipolar de seu jogo pictórico.

...Num terceiro momento de infinita inspiração, Vic transporta para a tela aquilo que se pode chamar de o máximo alcance do belo, em termos de arte, no sentido de misterioso, de inatingível e do transcendental insuflado no âmago do ser humano, só penetrado pelos grandes gênios.

Dirce Lorimie Fernandes
Associação Paulista de Críticos de Arte
Janeiro de 1988

 

A Arte de Vic Nasser II

A extraordinária obra de Vic Nasser II remonta, nada mais, nada menos, que ao início dos anos sessenta.

Ele é classificado, por alguns críticos, eu também o vejo assim, como um mestre obcecado e solitário, que não se cansa, ano após ano, década após década, de desenvolver uma das aventuras pictóricas mais bonitas e épicas da arte clássica.


Maria dos Anjos Abrantes Marques de Oliveira
Museóloga e Diretora de Intercambio Internacional de Artes Plásticas da Casa de Portugal
Outubro de 2004

 


CONSULADO GENERAL DE CHILE
SAN PABLO - BRASIL

Foi muito gratificante visitar o atelier de Vic Nasser e penetrar no mundo deste grande artista. Localizado numa ruidosa artéria do centro antigo de São Paulo e fazendo abstração do ambiente distorcionado da grande cidade, Vic encontra nesse contraste sua fonte de inspiração. Dessa premissa Vic estabeleceu seu palco, sua atalaia desde a que observa a realidade exterior e seleciona os elementos que lhe interessam e que logo transfigurará para colocá-los mais tarde em suas pinturas.

A atmosfera que ali se vive, revela a sensibilidade do artista, domina uma ordem e limpeza, pouco comum entre aqueles que jogam com a palheta e os pinceis. Rodeado de um bric a brac de objetos evocadores, com muitos livros para saciar sua infinita inquietude intelectual, sobressaem seus quadros, que cobrem todo espaço possível.

A obra de Vic Nasser reflete sua rica imaginação e fantasia. Além de conseguir uma perfeita harmonia no jogo que faz com as cores, imprime a seus quadros uma estranha dimensão.

Sua percepção merece um comentário especial da Ilha de Páscoa, tema que vem trabalhando a vários anos. Sua série “Te Pito Te Henua”, é uma prova contundente de reafirmação de suas habilidades, mistura de pintor e de poeta, que com uma técnica diàfana levanta o véu e mostra uma visão personalíssima e fantástica dos mistérios dessa remota possessão chilena.

Hernán Sãnchez
Cônsul Geral do Chile
junho de 1987

Quirino da Silva


"Vic é antes de tudo pintor. Sim, na sua obra não se percebe o mais leve ímpeto declamatório, isto porque, repetimos, é pintor. E pintor que sabe que pintura se faz com pintura."
Quirino da Silva
Jornalista e Crítico de Arte
Outubro, 1973

"Como um pintor que reconhece a influencia dos valores humanos na pintura, seja-nos permitido lembrar sem exagero algum, a obra de Vic Nasser II."
Quirino da Silva
Jornalista e Crítico de Arte
Agosto, 1972

 

José Maria da Silva Neves

O Mundo plástico de Vic Nasser II revela uma inteligência que voltou as suas atividades artísticas para tudo que o rodeia. Nasser é um encantado por tudo que o circunda, por tudo que toca a sua sensibilidade. De sua obra pictórica ressalta uma poesia que eleva a contemplação do espectador. Sim, os motivos fixados e mais a filtragem do colorido, a harmonia da composição, enfim a linguagem pictórica, lírica e elevada, diz muito do seu encantamento pela vida e pelas coisas que a ornamentam.

Ser pintor não é somente pintar, pintar simplesmente. Necessário é que o coração do pintor participe de tudo que ele diga, de tudo que ele vá aglutinando para seu mundo de sonho-ideal.

Nasser vai procurar no tesouro de sua imaginação criadora, as sensações e efeitos de ordem psíquica ou meramente emocionais, penetrando no mundo sensível das coisas, sem se preocupar se esta fazendo pintura objetiva ou pintura abstrata. O essencial é que sua pintura tenha uma expressão profundamente estética, profundamente plástica e profundamente sincera.

São Paulo, 10 de outubro de 1973
José Maria da Silva Neves
Catedrático da USP, arquiteto e pintor

Said Al Abed


A pintura é um dos documentos que revelam a cultura de um povo e seu desenvolvimento.

A pintura é a poesia colorida numa tela.

Pintar é um dom, e a técnica é adquirida através de pesquisas e estudos, isto é, além das criações próprias e o talento de cada pintor.

Falar em pintura, tenho que falar em Vic Nasser II, pintor autodidata de um talento inigualável, começou seus trabalhos aos sete anos, desenhando e pintando.

Com muito orgulho fizemos uma exposição dos seus trabalhos nos salões do Centro Cultural Árabe-Sírio, São Paulo, em 1986, e constatamos que: a pintura de Vic Nasser II, tem estilo muito próprio, em retratar os sentimentos humanos.

Na coleção “Te Pito Te Henua”, vimos que o pincel trabalha discretamente, parecia uma estampa de cores vivas; na “Cadeira de Ver o Cometa”, a mistura das cores e o estilo do desenho superam o tema e o tempo.

Na “Helena e Paris”, a importância da técnica em pintar é bem nítida, além do encontro dos sentimentos humanos do passado e do presente numa face atual. “Liberdade...”, a espontaniedade e a liberdade no uso do pincel e a cor azul colocada na tela, não tínhamos visto um trabalho tão magnífico e original. Não é de estranhar! O amor pela arte esta no sangue de Vic Nasser II; esse pintor descendente de Árabes do Egito. A pintura e sua importância esta clara na civilização egípcia, e esta herança esta sem dúvida em boas mãos, esta retratada nos trabalhos de Vic e trabalhada pelos dados obedientes a criatividade e pensamento e os sentimentos dele.

Said Al Abed
Diretor do Centro Cultural Árabe-Sírio
São Paulo,1986

 

Iúri Totti

Vic Nasser II, um dos mais conceituados artistas do “realismo fantástico”, que a nove meses trocou São Paulo pelo Rio. Em seu apartamento, na rua Miguel Lemos, em Copacabana, montou o atelier e um centro para reuniões de personalidades cariocas. Ali, Vic prepara sua mais nova coleção.

...Considerado o alquimista das cores, Vic Nasser desenvolveu uma linguagem própria, baseada em cores fortes e formas misteriosas. Nas suas telas, ele se propõe a contar a historia do homem através do tempo, dando uma nova dimensão ao “mito” da civilização moderna.

Iúri Totti
Jornalista
Outubro de 1994


Mônica Riani

A pintura brasileira já tem seu Paulo Coelho. É Vic Nasser II, uma mistura de filósofo e pesquisador que retrata em suas telas pontos históricos de todo o mundo através de doses generosas de realismo fantástico.

Mônica Riani
Jornalista
Fevereiro de 1994

Cláudio de Cápua


Vic Nasser II tem acentuada percepção mística, que rege sua pintura e o diferencia da maioria dos artistas contemporâneos .

Suas imagens são intemporais, pois colocam o homem diante do Universo, evidenciando sensível força criadora e originalidade de pensamento.

Vic Nasser II, com seus figurativos místicos, transcende os limites da emocialidade cromática, pondo o homem diante dos mistérios de outros mundos e planetas.

A arte, de Vic Nasser, tem raízes no passado remoto, ao mesmo tempo em que faz conotação com o presente e o futuro, que talvez se enquadre dentro da ficção científica.

Ao finalizar o ano de 1988, a atual exposição é um acréscimo de grande valor artístico, ao Centro de Estudos Mário de Andrade –Museu da Literatura.

Cláudio de Cápua
Jornalista
novembro de 1988

 

Helio Gonçalves Carneiro

Conhecedores que somos do empenho desse artista, em sua arte, no labutar constante através de décadas, em busca de novos conhecimentos, pesquisando incansavelmente no campo da arqueologia, paleontologia, etnologia, historia e filosofia, brinda-nos o Mestre, Vic Nasser II, com uma arte solene e essencial que transcende o mero desenho, a problemática do ser, em nuanças que impõe compromissos insondáveis com este áspero universo. Sua paleta urde um realismo fantástico, um universo mágico que nos impressiona e nos conduz da contemplação à meditação. É a Arte de um Gênio!”.

Helio Gonçalves Carneiro
Presidente do Supremo Conselho Internacional de Honrarias e Méritos da Ordem Imperatriz Thereza Cristina
Agosto de 2003